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Por Lara Tôrres
A vida de mulheres que são mães em alguns aspectos é mais difícil, principalmente devido à falta de uma rede de apoio nos cuidados com filhos e à necessidade de dar conta também de outros afazeres, como se dedicar à carreira.
Conciliar os sonhos profissionais e familiares é um desafio para a maioria delas, diante da sobrecarga que elas carregam, muitas vezes, sozinhas. Neste Dia das Mães, você vai conhecer a história de Cacilene Moura Tavares, uma pedagoga, professora e coordenadora de 47 anos e dois filhos: Radamés, de 13 anos, e Rodin, com 21.
O dia dela começa às 4h, quando assiste ao telejornal e cuida da casa ou das atividades de seu doutorado. Às 7h30, sai para trabalhar na UNAMA Alcindo Cacela, em Belém, onde é docente e coordenadora dos cursos de Pedagogia, Letras- Língua Portuguesa e Letras – Inglês.
Ao meio-dia, almoça com os filhos - hábito do qual ela não abre mão - e espera o filho mais novo ir à escola, deixando o mais velho encarregado de cuidar da casa e dos pets da família (cinco gatos e dois cães), retornando ao trabalho, onde fica até às 21h.
Duas vezes por semana, ela também atende às demandas de sua tese de doutorado, que está em etapa de finalização e defesa. Apesar de toda a correria e da grande quantidade de afazeres, Cacilene esclarece que não se sente cansada.
“É uma rotina intensa, porém não cansativa. Faço do meu trabalho um percurso divertido e dos atributos familiares a minha base de emoção e afetividade, tornado o dia a dia mais brando”, disse ela.
No processo de conciliar a maternidade e o trabalho, um dos pontos importantes para Cacilene é o diálogo. “É necessário trabalhar para manter a família, Isso sempre foi esclarecido na rotina dos meus dois filhos. Toda vez que estamos juntos, procuramos aproveitar o momento da família, do aconchego e do cuidado um com o outro”.
Cacilene conta com o apoio dos filhos, únicos moradores da casa além dela, para cuidar do lar e dos animais de estimação da família. Dessa forma, ainda consegue encontrar momentos para cuidar de si mesma.
“A Rede de Apoio familiar é fundamental nesse processo. Tenho uma rotina incorporada e consigo fazer tudo com leveza, ainda encontro tempo para cuidar da beleza e da saúde, praticando atividades físicas”.
Alguém que leia até aqui pode estar pensando “mas ela se vira nos 30 e ainda dá conta de tudo! Como?”. Para esse tipo de impressão, Cacilene explica que não há nada de extraordinário no fato de conseguir tempo para si, mesmo com a rotina cheia.
“Não me considero uma super mulher, mas alguém que um dia se viu desafiada a trabalhar para sustentar uma família sozinha”, disse a professora e mãe.
Para Cacilene, ter resiliência, paz de espírito e fé é essencial para entender os movimentos que a sociedade impõe às mulheres (principalmente mães), exigindo que sejam profissionais multifacetadas.
“Ser mulher, mãe solo e profissional é sem dúvida o maior desafio nesse contexto. Aliar a tríade ao bem-estar diário, a uma prática profissional que nos auxilie a crescer como pessoa e ser humano é a maior conquista que tenho cotidianamente. Poder contar com a família e amigos que te abraçam e te acolhem quando algo sai do eixo”, explicou a profissional, a mulher, a mãe de Rodin e Radamés - tudo isso junto e misturado - Cacilene.
E você, estudante que também é mamãe? Conta aí como você faz para equilibrar o tempo dedicado aos filhos e à carreira!
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