Cadeiras vazias em sala de aula simbolizam vítimas de feminicídio

Na última segunda-feira (10), a UNAMA Boa Vista inaugurou o projeto Cadeira Vazia. Ele faz parte do Programa Ser Mulher, atuando na área de sensibilização e mobilização social para conscientizar a comunidade acadêmica sobre um sério problema que impacta a sociedade: o feminicídio.

 

A inauguração contou com a presença da diretora da UNAMA Boa Vista, Karina Straioto, e uma mesa-redonda. A conversa teve a participação da advogada Juliana Quintela, a advogada e representante do Instituto "Todos por elas", Emília Elzira, e as psicólogas e representantes da "Casa da Mulher Brasileira", Mariana Souza e Sângida Teixeira. 

 

"Essa iniciativa é um ato profundo de reflexão e respeito. Esse gesto chama atenção para a violência que, muitas vezes, silencia as vozes femininas antes delas poderem se expressar plenamente. Em nossa Instituição, acreditamos na educação como um espaço de transformação. E a cadeira vazia nos lembra da necessidade urgente de proteger e valorizar a vida de todas as mulheres, com o objetivo de nenhuma vida ser perdida em vão”, declarou Karina Straioto, diretora da UNAMA Boa Vista. 

 

Para Daniel Duarte, aluno do 3º período do curso de Psicologia da Instituição de Ensino Superior, “participar deste evento como homem foi, acima de tudo, um compromisso com a mudança, uma questão social que exige a conscientização e a ação de todos. Enquanto acadêmico, percebo como a violência de gênero afeta não só as vítimas diretas, mas também suas famílias, comunidades e a forma como nos organizamos como sociedade”. 

 

Em cada sala de aula, há uma cadeira vazia sinalizada com a mensagem do projeto, assim como um QR-Code para acesso à cartilha informativa sobre a violência contra a mulher e os principais canais de denúncia. Cada peça simboliza uma vítima de feminicídio que poderia estar estudando naquele ambiente. O projeto Cadeira Vazia conta com a parceria do Instituto Banco Vermelho, Instituto Maria da Penha e Grupo Mulheres do Brasil.

 

 

O Ser Educacional oferece bolsas de graduação digital 100% gratuitas para mulheres vítimas de violência doméstica. A iniciativa faz parte do programa Ser Mulher, que conta com o apoio do Instituto Maria da Penha e Grupo Mulheres do Brasil, o qual também oferta apoio psicológico, suporte emocional e atendimento jurídico para as vítimas tirarem dúvidas e receberem assistência durante todo o processo. Os serviços são realizados nas Clínicas-Escola de Psicologia e no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) das unidades.