O clima de descontração das férias terminou, mas a falta de cuidados com a pele nesse período pode deixar lembranças indesejáveis. O contato com areias ou águas poluídas pode trazer riscos à saúde. Especialistas afirmam que a exposição pode causar uma série de doenças, como as micoses e parasitoses.
Evitar o uso de roupas molhadas por muito tempo é uma boa prática para evitar doenças, segundo o professor do curso de Biologia da UNAMA, Álvaro Pinto. “Secar o corpo após sair da praia e usar toalhas secas para cobrir cadeiras e a própria areia são eficientes. No caso do contato com a areia, o ideal é evitar sentar ou deitar diretamente nela, sempre usar uma toalha”, ressaltou.
Segundo Álvaro, as doenças de maior incidência, associadas à natação, são aquelas que atingem o sistema gastrointestinal. Ele também afirma que, ao sentir algum sintoma, é recomendado a procura imediata de orientação médica. “Podem ocorrer desde infecções mais graves, como gastrenterites, hepatite A, cólera e febre tifoide; até outras, causadas por patógenos oportunistas e não relacionadas ao trato gastrintestinal, como dermatoses conjuntivite e outras. Se, após frequentar a praia, sentir algum sintoma que gere desconforto, deve-se procurar imediatamente orientação médica a fim de mitigar possíveis problemas”, disse.
O professor comenta que as regiões com baías, como Belém, são mais comuns de apresentarem micro-organismos por conta da poluição. “As regiões costeiras são complexas, do ponto de vista conceitual, e incluem baías, estuários e extensas áreas semifechadas nas quais se concentram o desenvolvimento populacional bem elevado. Essa concentração pode gerar poluição devido ao lançamento de esgotos domésticos, o que pode causar inúmeras doenças. Nestes ambientes, podemos encontrar bactérias, vírus, fungos e protozoários”, alertou.
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