“Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? Amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? ”. Os versos de Carlos Drummond de Andrade exemplificam uma das formas mais expressivas da literatura: a poesia. Celebrado no dia 21 de março, o Dia Mundial da Poesia é marcado por promover conexões entre culturas e incentivar a formação do público leitor.
O professor do curso de Letras da UNAMA e poeta paraense, Paulo Nunes, afirma que um poema pode mudar nossas vidas. “A poesia é descoberta, prazer e gozo. E possível viver sem esses sentimentos? Sim, mas uma vivência sem graça, sem entusiasmo”, disse.
Paulo Nunes explica que a forma como a poesia é apresentada ao público que determina a formação de um público leitor. “Poesia e público leitor? Depende de intermediação. Depende de como a poesia chega aos nossos olhos, nossos ouvidos. Hoje, há grupos de declamadores de poesia e contadores de história que fascinam com suas performances e seleção de um bom texto. Tudo depende. Não existe um dia para a poesia, todos os dias fazem a diferença em se tratando poesia. E preciso ler mais Cecilia Meireles, Bruno de Menezes, Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Josette Lassance, enfim, lambuzar-se de poesia”, afirma.
O professor destaca os poetas paraenses. “O Pará tem grandes poetas. Vivos? Paes Loureiro, Juraci Boto Siqueira, Vasco Cavalcante. Mas parece que o cenário hoje é das mulheres: Roberta Tavares, Nathália Cruz, Shaira Josy Mana, Luzia Luluza, Isabela Leal, Rosângela Darwich, Giselle Ribeiro, entre outros”, conclui.
O Dia Mundial da Poesia foi escolhido durante a XXX Conferência Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1999, para homenagear a poesia, promover a diversidade das línguas e intensificar os intercâmbios entre culturas.
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