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Por Henrique Britto
O combate à violência contra a mulher em Santarém, oeste do Pará, ganhou reforço nesta terça-feira (28). O projeto Espaço Seguro, iniciativa do grupo Ser Educacional, foi lançado durante cerimônia realizada na UNAMA Santarém e contou com a participação de acadêmicas, membros da rede de proteção e autoridades.
“É mais um ponto para contribuir e melhorar o que vemos no nosso dia a dia. Isso acontece a qualquer hora e minuto. Esse espaço acolhedor tem a intenção de minimizar o problema e levar conhecimento a essas mulheres. Além disso, há o projeto Cadeira Vazia. Em cada sala de aula, uma carteira vermelha representa vítimas de feminicídio que poderiam estar ali, cursando na faculdade”, destacou a coordenadora de Responsabilidade Social da Instituição, Esyimar Vieira.
O objetivo do Espaço Seguro, que integra o Programa Ser Mulher, é apoiar os desenvolvimentos intelectual, comportamental e emocional das mulheres, especialmente as vítimas de violência. A iniciativa busca criar um ambiente acolhedor para elas receberem suporte imediato e serem encaminhadas para a rede de proteção oficial, composta por instituições governamentais e ONGs.
“Ao lançar o Projeto Espaço Seguro, reforçamos nosso compromisso com uma sociedade mais justa e igualitária. Transformar nossas unidades em referências na identificação, no acolhimento e no encaminhamento de mulheres em situação de violência é um passo essencial”, pontuou o reitor da UNAMA Santarém, prof. Dr. Elzo Vieira.
Para a assistente social e coordenadora do Centro Especializado em Atendimento à Mulher em Situação de Violência Maria do Pará, Raimunda Silva, esse projeto é essencial, tendo em vista que muitas mulheres têm vergonha de falar e se identificar nessa realidade. "Esse espaço, dentro de uma universidade privada, é muito importante. Além disso, há a presença da cadeira vazia na sala de aula, simbolizando a ausência de uma mulher que poderia estar ali, participando e aprendendo, se não fosse a violência”, afirmou.
Cada unidade do grupo Ser Educacional possui um Comitê Local, composto por colaboradoras treinadas para oferecer apoio inicial, realizar escuta sensível e confidencial das vítimas e encaminhá-las aos recursos adequados. Um protocolo de acolhimento foi desenvolvido para padronizar os procedimentos adotados sempre que uma mulher em situação de violência procurar o espaço, garantindo um atendimento uniforme e de qualidade.
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