Uma sucuri de 4,5 metros, pesando 29 quilos, foi resgatada pelo corpo de bombeiros e levada para o ZOOUNAMA, em Santarém, nesta última segunda-feira (14), por volta das 14h. A cobra foi encontrada por moradores da BR-163, a 800 metros da entrada do zoológico do Centro Universitário da Amazônia. Aparentemente bem, a cobra ainda ficará em observação por dois dias.
De acordo com a responsável pelo ZOOUNAMA, Mary Jane de Carvalho, encontrar animais desse porte não é comum na zona urbana, mas é possível, em virtude da área ser de mata, alagada e possuir igarapés aos redores. “A sucuri tem o tamanho suficiente para engolir uma pessoa, então a primeira orientação que foi passada foi a de não tentar pegar ou capturar o animal. Os moradores também acionaram o corpo de bombeiros que nos ajudaram no processo de controle da cobra”, informou.
O zoológico universitário irá realizar avaliações mais aprofundadas antes da soltura do animal no seu habitat. “Vamos fazer a biometria e uma avaliação veterinária detalhada para entender o estado de sanidade da sucuri. Em seguida, informamos aos órgãos competente como Ibama, Semma, SEMMAS e ICMBio para que eles também possam auxiliar no processo de soltura do animal. Até semana que vem o processo de soltura é concluído e não só a sucuri, mas também outros animais silvestres resgatados e que encontram-se em observação também poderão ser soltos na floresta”, explicou.
De acordo com a médica veterinária do zoológico, Dra. Ianny Posiadlo, a avaliação clínica mostrou que o animal apresenta um bom estado físico nutricional. “Encontramos alguns carrapatos, que já foram retirados e agora ela está em um local escuro, para mantê-la calma. A sucuri é uma espécie não venenosa, vive em lagos ou rios e chega até seis metros de comprimento. Durante o ataque, a presa é rapidamente envolvida pela musculatura forte e robusta. Por estar no mesmo ambiente que a população próxima de igarapé, apresenta riscos e a orientação é sempre chamar os bombeiros para a captura”, informou.
O zoológico da UNAMA faz o seu papel de orientação junto aos moradores locais. “Esse é um ambiente natural para animais silvestres, pois é uma área de mata e se concentra no igarapé, no qual pessoas costumam tomar banho. Já tivemos casos de encontrar um jacaré próximo de comunidades, inclusive. A nossa orientação para isso é se manter afastado do animal e ligar o mais rápido possível aos órgãos competentes. Nunca tentar matar ou pegar o animal, pois corre o risco de despertar a agressividade e reaja com um ataque”, alertou a médica veterinária.
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