Exame de raio-X: saiba o que é mito e verdade

 

O exame de raio-x é um dos procedimentos mais comuns na medicina moderna. De fraturas mais simples à análise de doenças respiratórias mais complexas, ele pode ser indicado para confirmar ou afastar uma hipótese ou, até mesmo, como suporte ao diagnóstico precoce. No entanto, ainda existem muitos mitos e mal-entendidos em torno deste método. A radiologista Tâmara Pereira, coordenadora do curso de Radiologia da UNAMA Santarém, explica que ele é seguro quando realizado em doses controladas.

 

"A radiação do exame é ionizante e pode causar danos às células, mas os riscos são mínimos quando feito com justificativa médica e respeitando os limites anuais de exposição. Para quem trabalha na área, o uso de equipamentos de proteção é fundamental para reduzir danos”, ressalta a especialista. Ela ainda abordou os mitos e as verdades sobre o assunto.

 

MITO – Existem diferentes tipos de máquinas de raio-x, cada uma com suas especificidades e qualidade de imagem. "A tecnologia tem contribuído para aumentar a segurança e eficácia dos exames, com avanços que reduzem a dose de radiação necessária”, explica a especialista.

 

MITO – "Eles são indolores. O desconforto é mínimo e, geralmente, relacionado à necessidade de manter uma posição específica durante o procedimento”, lembra a radiologista. Exames que requerem contraste podem ser um pouco mais desconfortáveis.

 

VERDADE – “Mas há ressalvas", afirma Tâmara. Durante a gestação, especialmente no primeiro trimestre, a radiação ionizante pode representar um risco para o feto. "O exame só deve ser feito quando for absolutamente necessário e com todas as medidas de proteção”.

 

MITO – “Cautela é essencial. Embora a radiação seja uma preocupação, a usada em exames pediátricos é muito baixa. Além disso, o raio-x é fundamental para diagnósticos precisos, como fraturas”, assegura Tâmara.

 

VERDADE – "Objetos metálicos podem causar artefatos na imagem. É essecial remover todos antes do exame”, explica a especialista. A interferência desses acessórios compromete a qualidade do diagnóstico.

 

VERDADE – "Ela é acumulativa. Por isso, é importante medir o custo-benefício de cada exame e garantir que não se ultrapasse o limite de 1 mSv (unidade de medida da dose de radiação) ao ano para o público. Profissionais da área são monitorados com dosímetros para controlar a exposição".

 

MITO – "O raio-x é excelente para detectar fraturas e algumas infecções pulmonares, mas tem suas limitações. Para outras condições, como avaliar tecidos moles, exames de ressonância magnética podem ser mais adequados”, conclui a radiologista.