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Aprendizes: qualificação dentro e fora da sala de aula

Desde 2000, jovens de 14 a 24 anos recebem qualificação profissional e oportunidade para atuar no mercado
Assessoria de Comunicação Por: Rayane Guimarães 08/08/2017 - 10:23
O programa oferece a primeira oportunidade de emprego aos jovens, além de uma formação técnica-profissional

O desemprego no Brasil está em crescente e isso não é novidade. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a taxa de desocupação no país subiu para 13,7% no primeiro trimestre de 2017. Um dos grandes fatores que explicam essa realidade é a falta de qualificação profissional, muito presente entre jovens e adolescentes. É nesse contexto que o Programa Jovem Aprendiz vai à contramão dessa realidade, oferecendo a primeira oportunidade de emprego aos jovens de 14 e 24 anos, proporcionando também uma formação técnica-profissional.

O crescimento do programa, que existe desde 2000, deve-se ao fato de os estudantes passarem a ver o Jovem Aprendiz como uma alternativa para entrar no mercado de trabalho de forma qualificada. Antes mesmo de começar as atividades em uma empresa, o aprendiz passa três meses de aprendizado em um curso técnico gratuito que tenha a ver com a área de atuação dele na instituição que irá trabalhar. Depois desse período, o adolescente já começa a atuar no mercado, trabalhando em quatro dias da semana com um expediente de quatro horas. A formação técnica continua, sendo uma vez na semana, durante todo o período de contrato com a empresa que pode durar até 24 meses.

De acordo com o Gerente de Curso Técnico do Grupo Ser Educacional, Alexandre Dantas, das várias maneiras de inserção do aprendiz ao mercado de trabalho no país, esse projeto é o que melhor protege e favorece os adolescentes na vida corporativa. “O programa assegura a entrada do jovem no mundo do trabalho com registro em carteira, salário e demais direitos estabelecidos pela Lei do Aprendiz nº 10.097/00. Isso sem deixar de prezar pela sua qualificação profissional”, comenta.

A Universidade UNAMA e Faculdade UNAMA têm as portas da instituição abertas para acolher jovens aprendizes. Os interessados devem estar cursando ou já ter concluído o Ensino Médio. Os estudantes universitários também podem se candidatar a uma vaga. As inscrições são feitas através do email jovemaprendiz@unama.br. Os jovens que se adéquam ao programa têm mais de 20 opções de áreas de atuação para escolher.

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Estudantes da UNAMA alcançam nota máxima no Enade

Cerimônia acontecerá no próximo sábado (05), às 8h30
Assessoria de Comunicação Por: 04/08/2017 - 16:28
Imagem mostra logo do ENADE
A prova avalia o rendimento de alunos de graduação com relação ao conteúdo trabalhado durante a sua formação
Por Camille Nascimento
 
No próximo sábado (05), às 8h30, estudantes dos cursos de Serviço Social e Estética e Cosmética, da Universidade da Amazônia (UNAMA) vão receber premiação pela nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Esta prova avalia o rendimento de alunos, ingressantes e concluintes, de graduação com relação ao conteúdo trabalhado durante a sua formação.
 
Para a coordenadora do curso de Serviço Social da UNAMA, Fábia Miranda, esta premiação representa esforço, empenho e muita dedicação de alunos e professores. “Os estudantes premiados tiveram acima de 70% dos acertos, um resultado de intensa participação em projetos de extensão, trabalhos publicados e apresentados em eventos externos. Eles não tiveram nenhuma reprovação em disciplinas ao longo do curso e conseguiram se identificar com a profissão desde os primeiros anos de formação”, avalia.
 
É a primeira vez que a formação em Estética e Cosmética participa da avaliação do Enade. A coordenadora do curso, Elizabete Rodrigues, fala sobre o resultado nesta avaliação inicial. “A nossa aluna Marcela Alves da Silva e toda a equipe de professores está de parabéns pelo empenho. Continuamos os nossos trabalhos com foco no aprendizado do aluno e na excelência do curso, creio que muitos resultados como este vão se repetir”, enfatiza.
 
A cerimônia de premiação vai contar com a presença da vice-reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo, de coordenadores e docentes dos cursos, além dos convidados dos alunos premiados. Para Rafaela Tavares Cruz, futura profissional de Serviço Social, este momento é um retorno do investimento feito durante o curso. “Eu trabalho desde o meu primeiro semestre, sempre procurei estar presente nos cursos, projetos e eventos que a Universidade oferecia. Apesar de todo o cansaço do último período, conseguimos nos dedicar para a prova do Enade e alcançar este resultado. É muito bom ser reconhecido por isso”, diz a estudante.
 

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Click UNAMA - Semana Pedagógica 2017.2

Assessoria de Comunicação Por: Lana Mota 04/08/2017 - 10:30

Nessa quarta-feira (2) foi realizada mais uma edição da Semana Pedagógica com os docentes da Faculdade da Amazônia - UNAMA. O encontro, que aconteceu no auditório central da insituição, contou com a palestra "Metodologias ativas e as TIC's no Ensino Superior Comteporâneo", proferida pela Drª em Educação, Tânia Brasileiro.

 

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UNAMA promove uma série de exibição de filmes com debates sobre psicologia

Evento terá exibição de filmes recentes e aclamados pelo público e crítica
Assessoria de Comunicação Por: Raphael Marinho 03/08/2017 - 16:25
Imagem mostra rolo de filme
Evento reúne alunos, professores e profissionais de psicologia
Alunos e professores do curso de psicologia da Universidade da Amazônia (UNAMA) participarão mensalmente de exibições cinematográficas, seguidas de debates sobre temáticas pertinentes ao campo da psicologia. Trata-se do Cinecapsi, uma parceria da coordenação do curso e do Centro de Atendimento de Psicologia (CAPSI), que terá o primeiro encontro no dia 17 de agosto, das 14 às 18h, com o filme Up Altas Aventuras.
 
O evento está organizado em três momentos: uma discussão preliminar, a exibição do filme e o debate. Segundo o professor Marcio Valente, coordenador do curso de psicologia, esse é um momento para reunir alunos, profissionais e professores do curso para debater sobre assuntos importantes. “O evento é destinado às alunas e alunos do curso de psicologia da UNAMA, assim como discentes de outras instituições para que juntos possamos, a partir da proposição do filme, debater sobre questões que estão presentes nas nossas vidas e consequentemente são fundamentais para a formação dos nossos alunos”, conta o coordenador.
 
Até dezembro está prevista a exibição de filmes como Logan (2017), O Mínimo para Viver (2017), Creed: Nascido para Lutar (2015), Eu Não Sou Negro (2016), Selma (2014), Mulher Maravilha (2017), dentre outros.  A venda de ingressos serão realizadas nos auditórios da UNAMA – Campus Alcindo Cacela.

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Atenção multifocal: como desenvolver a habilidade que auxilia estudantes

Conseguir focar com excelência em múltiplas tarefas simultaneamente é uma habilidade que pode render benefícios nos estudos
Por: Camilla de Assis 02/08/2017 - 12:00 - Atualizado em: 09/08/2017 - 09:03
Atenção multifocal
Atenção multifocal
O conceito de multifocal é simples: é a capacidade que uma pessoa tem em realizar, com excelência, diversas tarefas simultaneamente. Ou seja, aquela pessoa que faz tudo ao mesmo tempo pode ter a habilidade de atenção multifocal bem desenvolvida. Neste caso, ter essa habilidade pode ser uma vantagem nos estudos, visto que a pessoa consegue otimizar o tempo. Conheça como pessoas de outros países estudam.
 

 
Por conta da correria do dia a dia, dar conta dos diversos afazeres não é trabalho fácil. Estudos, trabalhos em grupo, estágio, projetos de extensão, provas teóricas e práticas, além de outras atividades paralelas e pessoais não é tarefa fácil. Pela quantidade de afazeres realizados ao mesmo tempo, algumas pessoas desenvolvem a habilidade da atenção multifocal.
 
O que caracteriza alguém que tem atenção multifocal?
 
Ter o desenvolvimento da atenção multifocal só diferencia uma pessoa em seu cérebro, segundo a psicóloga e doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento Maria da Soledade Rolim. “Em linhas gerais, esta pessoas possui maiores níveis de ativação funcional das área pré-frontal do cérebro (área dorsolateral do córtex pré-frontal) e possui mais facilidade da realização simultânea de atividades que demandem foco e cognição.”, explica.
 
Ou seja, ter um desenvolvimento da multifocalidade não significa que uma pessoa tem um cérebro mais desenvolvido ou qualquer tipo de vantagem específica. Quando o multifoco é exercitado e alcançado em alguém, “o cérebro apresentou uma neuroplasticidade específica e conseguiu se adaptar às exigências de realizar várias atividades ao mesmo tempo.”
 
Como desenvolver essa habilidade?
 
Atenção multifocal não é hereditário, portanto é uma habilidade adquirida. Entretanto, não se deve aplicar muito esforço para conseguir alcançá-la. O senso comum acredita que quanto mais intenso seja o “treinamento” cerebral, mais desenvolvido o órgão vai se tornar. “Os estudos científicos mostram o oposto, que o excesso de atividades simultâneas e fora de um contexto acaba gastando muita energia cerebral que poderia ser empregada de uma forma mais eficiente e o resultado é justamente o inverso, uma diminuição da produtividade.”, comenta Maria da Soledade Rolim.
 
Então, para potencializar o uso cerebral e conseguir desenvolver as habilidades multifocais, é mais eficiente praticar estímulos regulares, constantes e experiências novas que tirem as pessoas da zona de conforto. A exemplo disso, há aprender um novo idioma, um ritmo de dança, aprender um itinerário diferente do GPS, ou seja, provocar desafios ao cérebro.
 
Além disso, outras atividades simples também pode ajudar a pessoa a desenvolver as condições cerebrais. “Ler uma revista enquanto escuta uma música ou cozinhar enquanto conversa com alguém. Outra atividade benéfica para melhorar os níveis de concentração e atenção de forma geral é a meditação, que não necessariamente precisa estar vinculada à alguma religião; se a pessoa se concentrar em prestar atenção ao próprio ritmo respiratório (inspiração/expiração) ela já está fazendo uso de uma prática notadamente salutar para o cérebro”, indica a especialista.
 
E você, vai praticar quais atividades para desenvolver a atenção multifocal? Conte pra gente nos comentários!

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As escolas e os recursos tecnológicos

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNAMA - Universidade da Amazonia – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com
Assessoria de Comunicação Por: 31/07/2017 - 17:14 - Atualizado em: 11/08/2017 - 17:28
Imagem mostra Janguiê Diniz sentado à mesa
Com sede de conhecimento, os alunos querem saber para que e por que precisam estudar determinado assunto
Todos os dias novas tecnologias são lançadas e levando-se em consideração a importância dos recursos tecnológicos na vida social e prática do homem, fica cada dia mais evidente a insatisfação dos alunos em relação a aulas ditas "tradicionais", ou seja, aulas expositivas nas quais são utilizados apenas o quadro e o giz. O aprender por aprender já não existe. Com sede de conhecimento, os alunos querem saber para que e por que precisam estudar determinado assunto.
 
Nos últimos anos as escolas foram invadida por celulares, tablets, aplicativos e redes sociais. E para lidar com tudo isso de forma natural, com o objetivo de promover a educação, sem gerar desconfortos ou algo que possa prejudicar a espontaneidade do educador e, até mesmo, a liberdade de um aluno, as escolas precisam acompanhar a modernização social.
 
O uso da informática na educação implica em novas formas de comunicar, de pensar, de ensinar e de aprender. Ela é capaz, inclusive, de ajudar aqueles que estão com a aprendizagem muito aquém da esperada. A tecnologia na escola não deve ser concebida ou se resumir a disciplina de informática no currículo, porém, deve ser vista e utilizada como um recurso para auxiliar o professor na integração dos conteúdos curriculares.
 
Hoje, os professores se veem diante do que pode ser considerado, ao mesmo tempo, um grande desafio e uma grande oportunidade: utilizar as TCI (tecnologias da comunicação da informação), como meio para construir e difundir conhecimentos. Entretanto, é preciso concretizar a necessária mudança de paradigma educacional, utilizando a tecnologia nos processos de criação, gestão e reorganização das situações de aprendizagem.
 
As facilidades técnicas oferecidas pelos computadores também possibilitam a exploração de um leque ilimitado de ações pedagógicas, permitindo uma grande diversidade de atividades. O professor deve, então, pesquisar, conhecer o que as novas tecnologias têm a oferecer a fim de tornar suas aulas mais atrativas, criando condições de aprendizagem por meio de recursos computacionais. 
 
Já para as escolas, também é preciso pensar em tecnologia. Adquirir equipamentos tecnológicos para uso em sala de aula obviamente envolve investimentos, tanto financeiros quanto de capacitação de pessoal para lidar com essa novidade. Contudo, embora esse seja um procedimento oneroso em um primeiro momento, sua relação custo-benefício é positiva, considerando que a médio e longo prazo trará um retorno recompensador aos processos de aprendizagem e à imagem da instituição.
 
É muito mais fácil assimilar conteúdos de maneira ilustrativa, dinâmica e com linguagem próxima daquela vivenciada em momentos de lazer do que através de um recurso estático, que em nada condiz com as nossas rotinas diárias.
 
A nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional propõe uma prática educacional adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Desta forma, a utilização efetiva das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. A educação não pode viver sob o modelo antigo, com o risco de virar invisível para a sociedade. As novas tecnologias devem ser exploradas para servir como meios de construção do conhecimento e não somente para a sua difusão. 
 

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UNAMA promove capacitação de padres na Diocese de Santarém

Curso de capacitação será proferido pelo docente da UNAMA Claudionor Rebelo, especialista em auditoria e controladoria
Assessoria de Comunicação Por: Lana Mota 31/07/2017 - 14:48 - Atualizado em: 31/07/2017 - 14:52
Livro
Evento leva capacitação a 120 pessoas

Com o tema "Contabilidade no Terceiro Setor", a Faculdade da Amazônia – UNAMA, por meio dos cursos de Ciências Contábeis e Administração, realiza nesta terça-feira (1º), a capacitação de 120 padres e secretárias paroquiais da Diocese de Santarém no Oeste do Pará. O evento acontece a partir das 8h30 no Centro de Formação Emaús.

O objetivo do evento é qualificar os padres e secretárias com variados temas nas áreas administrativa e contábil das igrejas no município. Durante a capacitação, serão abordados temas como introdução geral da administração, admissão e demissão de funcionários, notas fiscais e recibos, e explicação sobre filantropia. O curso será proferido pelo professor da UNAMA e especialista em auditoria e controladoria, Claudionor Rebelo.

De acordo com a diretora da faculdade, Deliana Santos, a qualificação dos padres e das secretárias paroquiais é de extrema importância. “Contribuir com esse trabalho é bastante significativo, pois a função da Universidade é de se aproximar cada vez mais das organizações e entidades, proporcionando troca de experiências e geração de novos conhecimentos”, ressalta.    

O Centro de Formação Emaús fica localizado no km 11 da Rodovia Santarém Curuá- Una (PA-370).
 

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Indígenas brasileiros: um histórico de luta e preservação identitária

Cada vez mais, eles têm levantado sua voz pela defesa e reconhecimento de suas expressões e realidades
Por: Paula Brasileiro 31/07/2017 - 12:14 - Atualizado em: 11/08/2017 - 08:28
Tarisson Nawa:
Tarisson Nawa: "Minha intenção é retomar as práticas e expressões do meu povo"

Imagine a seguinte situação: é 19 de abril, Dia do Índio. Nas escolas infantis, ao redor do Brasil, as crianças estarão com os rostos pintados de tinta guache, usando cocares feitos de papel sulfite - elementos que deveriam ser entendidos enquanto cultura e não fantasia - e fazendo danças circulares numa "homenagem" aos povos originários do país, celebrados nesta data. Desde o "descobrimento" das terras, que hoje conhecemos como nação brasileira, os povos autóctones são vistos pelas lentes do estereótipo, como se fossem personagens de livros de história, presos em 1500, num misto de mitificação e romantização.  

O estudante Tarisson Nawa, de 21 anos, entende bem sobre esse senso comum arraigado na cultura brasileira. Indígena da etnia Nawa, do estado do Acre, ele é incisivo ao declarar: "Existem muitos equívocos com relação às populações indígenas que precisam ser desfeitos, desmistificados. É preciso retirar essa ideia de que o indígena para ser indígena, tem que estar na aldeia, caçando, ou nú, usando cocar e pintura. Não. Ele vive na sociedade. E por viver em sociedade a gente troca simbolicamente as nossas experiências com outros indivíduos. Isso faz com que nós possamos ressignificar nossas expressões socioculturais".

Essa ressignificação vem acontecendo desde que os primeiros povos tiveram de deixar suas terras originais em busca de sobrevivência. Segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, 47,3% dos cerca de 900 mil índios que vivem no Brasil, moram em áreas urbanas. "Isso tudo é produto de um deslocamento, de uma saída das terras que esses povos tradicionalmente ocupavam, por terem sido expulsos. Eles buscaram na cidade melhores condições de vida. Na atualidade, onde estão esses indígenas? Eles moram nas periferias e muitos não têm espaço. Então, eles não se reconhecem e isso acaba silenciando muitas questões que deveriam ser pautadas em relação ao indígena na cidade", diz Tarisson.

As cidades, majoritariamente habitadas por não-índios, acabam por não terem um preparo para receber as populações indígenas, que consequentemente acabam passando por esse "processo de negação e silenciamento da sua identidade", como conta o estudante. Ele próprio, crescido fora da aldeia por conta do processo de deslocamento de sua família, compreendeu este mecanismo e hoje faz o caminho inverso de boa parte de seus parentes: "A minha família perdeu o vínculo com a aldeia - embora se reconheça ainda hoje. A minha intenção é retomar as práticas e expressões socioculturais do meu povo, a nossa tradição".   


Riqueza étnica

Segundo estudo realizado pelo IBGE, publicado em julho de 2016, o Brasil contabiliza 305 etnias com cerca de 274 línguas. Esses números fazem do país um dos lugares com maior diversidade sociocultural do planeta. A etnia Nawa, de Tarisson, é uma delas. Ele conta um pouco sobre o seu povo: "Nossa terra tradicional fica no município de Mâncio Lima, no estado do Acre, o município mais ocidental do país. A nossa etnia foi reconhecida pelo estado brasileiro no início deste século, lá pelos anos 2000. A gente vem de uma história de violência grande, como na maioria dos casos dos povos indígenas, de violência tanto física quanto simbólica. Fomos considerados um povo extinto. A emergência identitária, acontecida por volta de 2000, fez com que nosso povo se tornasse politizado e reconhecesse que nós somos indivíduos, sujeitos de direitos." O estudante diz que, desde o reconhecimento, há 17 anos, os Nawa estão na luta pela demarcação de suas terras: "Na formação dos seringais do Acre nós fomos expulsos da nossa terra e tivemos que morar em outros locais". Este é o mesmo problema vivenciado por tantos outros povos indígenas que vivem ao redor do país.

 

Indígenas na universidade

Desde 2012, a Lei de Cotas (lei 12.711), determina que as instituições de ensino superior federais devem reservar vagas para estudantes pardos, negros e indígenas vindos da rede pública de ensino. Hoje, 36 das 59 universidades federais do país oferecem algum tipo de ação afirmativa de reserva de vagas em seus processos seletivos.

Tarisson Nawa cursa jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Para ele, ocupar este espaço vai muito além de adquirir conhecimento: "Estar na universidade é o Estado Brasileiro reconhecendo que existem sociodiversidades no país - que existem povos indígenas, negros, ciganos, várias expressões sócio-culturais - e essas expressões só têm a contribuir com esse modelo acadêmico que é pautado num conhecimento europeu que negligencia, silencia e nega o saber das populações tradicionais. Então eu, na posição de indígena, venho justamente pra tensionar esse poder ideológico dentro da universidade e inserir as demandas das populações indígenas enquanto um tema que deve ser pautado dentro dessa formação do saber". O jovem pretende seguir a vida acadêmica e fazer uso da sua posição para dar voz e vez aos seus: "No decorrer dessa minha vivência acadêmica pretendo usar meus conhecimentos na tentativa de quebrar preconceitos. Quero defender as causas dos meus parentes."

 

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Projeto visa melhorar bem-estar de estudantes

Professores e alunos do curso de Psicologia vão ministrar palestras e oficinas aos jovens
Assessoria de Comunicação Por: 31/07/2017 - 11:32
Imagem mostra uma menina sendo atendida por uma psicológa
A atividade entusiasma os integrantes da equipe do projeto, alunos e egressos da UNAMA
Por Camille Nascimento
 
Estudantes que cursam o Ensino Médio e Fundamental estão passíveis a doenças como estresse e depressão, devido às inúmeras cobranças que enfrentam, a exemplo da decisão da carreira profissional ou primeiro emprego. Pensando nesta dificuldade, a Universidade da Amazônia (UNAMA), por meio do curso de Psicologia, realiza o projeto “Bem-estar Psi: UNAMA nas escolas”, um trabalho de Responsabilidade Social, com atividades mensais previstas para o segundo semestre, em escolas públicas e privadas de Belém do Pará.     
 
De agosto a dezembro, o projeto promoverá palestras e oficinas de caráter formativo e informativo, sobre depressão, suicídio, bullying e outros temas pelos quais estes jovens tenham a necessidade de discutir. O coordenador do curso de Psicologia, Márcio Barra Valente, explica que o tema geral é o bem-estar psicológico. “O nosso público-alvo são alunos do final do ensino fundamental e início do médio, porque é um período em que eles encontram grandes dificuldades, são muitas decisões que vão pesar ao longo de suas vidas”, pondera o professor.
 
A atividade entusiasma os integrantes da equipe do projeto, alunos e egressos da UNAMA, que aproveitam a ocasião não apenas para a sua qualificação profissional, como também experiência pessoal. “Esse contato com a Psicologia na prática é muito importante para a nossa formação, porque vamos abordar temas muito pulsantes na nossa sociedade. O sentimento é de ter responsabilidade sobre a vida destes adolescentes, e de nós sermos um apoio para eles”, revela a estudante de Psicologia Marcia Yamada. 
 
 
 

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UNAMA lança a 14ª edição do Festival Audiovisual Osga

O Osga 2017 receberá inscrições de todo o Brasil
Assessoria de Imprensa Por: 31/07/2017 - 11:05
festival osga
A 14ª edição do Festival Audiovisual Osga será lançada no próximo dia 9 de agosto
Por Camille Nascimento
 
A 14ª edição do Festival Audiovisual Osga será lançada no próximo dia 9 de agosto, às 9h, no auditório David Mufarrej, no campus Alcindo Cacela da Universidade da Amazônia (UNAMA). A abertura apresentará o tema deste ano para autoridades e personalidades do cenário audiovisual paraense. Na ocasião serão lançados o site e o edital do festival, além das normas para a categoria “Osga na Escola 2017”.  
 
O evento também contará com a presença da cineasta paraense Jorane Castro, que vai falar sobre os desafios de produções de vídeo no Brasil, apresentando seu mais recente trabalho, o longa-metragem “Para ter onde ir”. O Osga 2017 está previsto para ocorrer na primeira semana de dezembro, no Cine Olympia, em Belém do Pará. As inscrições serão divulgadas em breve no site da UNAMA e nas redes sociais oficiais da instituição. A programação do festival, até a semana de exibição e premiação dos trabalhos, será com oficinas, palestras e workshops voltados para o audiovisual.
 
Festival nacional
A novidade deste ano é que o Osga abrirá inscrições para todo o Brasil. “É inegável que o Osga incentiva a produção audiovisual na Amazônia, agora vamos expandi-lo aos outros estados brasileiros, para que possamos ter a participação dos alunos do Grupo Ser Educacional e também de outras IES”, explica o coordenador nacional do Osga, Mário Camarão. Para a professora de Comunicação e uma das idealizadoras do Osga, Marina Chiari, a UNAMA está investindo no talento dos futuros profissionais de audiovisual. “Este ano vamos contagiar mais pessoas com o clima do Osga, por ser nacional, porém, o mais importante não será o número de inscritos, acima de tudo vamos projetar a nossa produção local para todo o país. Sem dúvida será uma grande oportunidade para os alunos”, ressalta.   
 
Osga na Escola
Será o segundo ano que o Festival inclui a categoria “Osga na Escola”, espaço para alunos do ensino médio produzirem vídeos de até um minuto, obedecendo a temática do festival. É uma oportunidade de participar de oficinas práticas de vídeos com alunos vencedores de edições passadas. “O nosso objetivo e fazer com que o aluno do Ensino Médio entre em contato com o audiovisual, seja com vídeos de celular, de bolso, eles são muito criativos. Temos a preocupação de oferecer a eles um preparo, com workshops ministrados por nossos alunos e professores”, comenta o coordenador. A expectativa para a 14ª edição do Osga é gerar um público crítico, que produzam e participem do festival. “Hoje temos uma interação muito grande do público através das redes sociais e isso é uma grande revolução no que diz respeita às produções de programas, filmes, séries e etc. Estamos ansiosos para começar”, concluiu Mário Camarão.

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